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Mostrando postagens de setembro 28, 2025

Homo Ludens - Conceito talvez interessante

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HOMO LUDENS de Johan Huizinga pode ser uma referência importante para a pesquisa: Homo Ludens é um conceito desenvolvido pelo historiador e filósofo Johan Huizinga em seu livro homônimo, publicado em 1938. O termo, que significa “homem que joga”, propõe que o jogo é uma atividade fundamental na cultura humana, influenciando não apenas o entretenimento, mas também a arte, a religião e a vida social. Huizinga argumenta que o ato de jogar é uma forma de expressão que transcende a mera diversão, sendo uma parte essencial da experiência humana.

Duas citações sobre a multiplicidade dos artistas do teatro musical

Do fichamento do artigo: REBELO E CARVALHO, Diogo. Multiperformance em espetáculos cênico-musicais - Reflexões sobre o papel do intérprete nas interfaces entre música e teatro e sua importância para o desenvolvimento e realização da obra no teatro amador.  “enquanto na ópera —e até mesmo na música vocal camerística5—os intérpretes tendem a ser mais especialistas, focando, sim, a atuação dramática, mas acima de tudo o canto, no teatro musical há uma preocupação —ou, atualmente, quase uma obrigação —em ser múltiplo, generalista, cantando, atuando, dançando, tocando instrumentos musicais, entre outros” (p.73) “Para Mervan-Roux, uma importante característica do teatro amador, é, ainda, o fato de, diferente do que acontece no teatro profissional, não apresentar uma separação social entre os artistas e o público, já que, em geral, é esperado que a maioria dos artistas de teatro amador se familiarize com as pessoas que estão na plateia e vice-versa.” (p.72)

Sobre a não separação dos campos artísticos quando da perspectiva do artista

 Se tentarmos definir com detalhamento os limites de cada campo artístico perceberemos o seu caráter arbitrário. Por exemplo, podemos dizer que a dança é a arte do movimento. Pois bem, então o que seria a música? Poderiam me dizer que é a arte do som. Contudo, como fazer som sem movimento? Ou então, como realizar qualquer movimento sem som? O musicista, para tocar seu instrumento necessariamente tem que dançar. Evidentemente que a sua dança tem um objetivo específico que não é o movimento em si, mas a sonoridade que aquele movimento provoca (isso não exclui os cantores, pois cantar movimenta diversas partes do corpo). Também para o ator temos a mesma dinâmica. Seria a arte do ator a "atuação", a "interpretação" ou "representação"? Em qualquer um dos casos acima seria necessário tanto mover-se quanto fazer sons para atuar, interpretar ou representar. Estaria o ator invadindo o campo da dança porque ele se move em cena? O fato é que, do ponto de vista de que...

Matéria, Forma, Corporeidade e "Corpo-Obra-de-Arte"

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Reflexões sobre o texto:  ALMEIDA, Márcia. *Arte Coreográfica: plasticidade corporal e conhecimento sensível*. in: ALMEIDA, Márcia (org.) A cena em Foco: artes coreográficas em tempos líquidos. Editora IFB: Brasília, 2015. "Mais precisamente, discorrerei sobre a implicação dinâmica entre matéria (dançarino) e forma (movimentos dançados) da corporeidade. Primeiramente pelos afetos sensíveis da relação da pessoa com o ambiente. E, em segundo lugar, pela forma processada na execução da dança, na Arte Coreográfica, dada à corporeidade (a soma da matéria mais a forma) que se transforma em Corpo-Obra-de-Arte." (p.92-93) Achei bem interessante essa noção tanto de "Corpo-Obra-de-Arte" quanto a definição de corporeidade como a junção da matéria com a forma. Fiquei me perguntando como seria isso para a minha pesquisa, onde a matéria é o corpo do artista, mas também os objetos e instrumentos que ele manuseia e a forma é tanto o movimento quanto o som (seja ele provocado pela v...